_ Duas semanas de férias são muito pouco!
_ Eu sei, mas é tudo que eu vou ter.
_ Deveria ter se esforçado mais.
_ Eu sei disso também.
_ Mas você ainda pode viajar né?
_ Não tô prese, tenho duas semanas inteiras.
Risos.
_ Então você topa vir pra cá?
Ela fica em silêncio por alguns instantes, os únicos sons que escuta é a respiração da amiga do outro lado da linha e seus próprios pensamentos que, como sempre, estão uma completa bagunça. Duas semanas. Duas semanas sem vê-lo, mas também se ficar não vai vê-lo tanto assim, provavelmente estará muito ocupado com outra pessoa, mas isso não muda o fato de que duas semanas é tempo mais do que suficiente para morrer de saudade, quase literalmente, talvez esquecer um pouco, ficar distante, forçar o afastamento, lidar com a saudade e se acostumar com a ideia de que é assim que deveria ser agora. Ficar por perto não causaria menos dor e de que adiantaria mesmo? Talvez a distância fosse apenas necessária, mas ela já sentiu essa saudade, sentiu o gosto da distância antes e sabe como dói. É o suficiente, respira novamente e diz:
_ Eu topo.
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