Não tenho a pretensão de acreditar que tudo que eu tenho escrito aqui acontece com todo mundo, são coisas que acontece comigo, acontecem com amigos e eles me contam, coisas que acontecem com eles também acabam acontecendo comigo e vice-versa, faz eu acreditar que as vidas, apesar de suas peculiaridades, não são realmente tão diferentes assim, existem problemas parecidos, alegrias semelhantes e, nesse caso, algo em comum, inegável e de muita importância: a faculdade.
Uma dessas coisas que eu acho que acontece com todo mundo é aquele cansaço que bate na sexta-feira, depois da última aula, da última lista de frequência, do último texto, do último "bom fim de semana". Bate aquele sono que você perdeu durante a semana inteira, as 4 horas que você dorme por noite (porque dorme 1 da manhã e tem que acordar às 5 pra ir pra bolsa) finalmente cobram o que você está devendo. Sem desmerecer os estudantes do ensino médio, mas acho que é na faculdade que você conhece de verdade o significado de estar cansado. São textos, trabalhos, livros, diversas leituras, exercícios, viagens de um lado a outro da cidade, bolsas, compromissos, extensão, palestras, cursos, língua estrangeira... tudo isso e mais um pouco, você se divide entre todas as atividades que a faculdade proporciona ao mesmo tempo em que tenta ter uma vida social meramente aceitável, é assim que se aprende o quanto é possível se dividir entre pessoas e atividades. Voldemort e suas 7 horcruxes ficam no chinelo, você descobre que pode se dividir muito mais que isso entre curso, namorado, família e amigos.
É daí que vem o cansaço, sem pena nenhuma, cobrar no fim do último dia de aula da semana todo o seu desleixo dos outros dias, a despreocupação com o quanto estava dormindo ou com o número de atividades pelas quais está se responsabilizando. Ah, o cansaço sabe disso e ele sobre. Mas quer saber um segredo? É delicioso. Sim, o cansaço, ele dói, te deixa triste, deprimido, dormindo pelos cantos, sem energia e vontade de fazer muita coisa, faz chorar (espera até seu primeiro fim de semestre pra ver), mas mesmo assim é uma ótima sensação no final das contas. No fim de algum dia, você vai lembrar porque escolheu aquele curso, vai lembrar o que você está fazendo ali, aonde você quer chegar, vai sentir de novo o sabor do primeiro amor por uma profissão, porque ele sempre volta, então o cansaço, por mais que ele cobre, vai ser um sinal, uma mensagem de que você está fazendo alguma coisa certa. Vai ser um sinal de dedicação, vai bater aquela sensação de "eu estou realmente correndo atrás do que eu quero", eu estou fazendo o que eu gosto porque eu quero e isso é demais. Mesmo. Em meio a muitas outras coisas, o cansaço lembra que você está no caminho certo e vai por mim, é uma sensação gratificante, nada paga isso. Daí é tomar um banho e partir para os próximos três ou quatro anos da sua vida, com muito cansaço, mas também com muitas gratificações.
No final, cada um tem sua maneira de recebê-lo, fingindo que ele nem está ali ou abraçando-o. Ignorando o menino cansaço ou caminhando para casa de mãos dadas com ele. Partindo para uma festa ou sonhando com um banho no ônibus a caminho de casa. Bem, seja na mesa do barzinho da rua atrás da faculdade, ou de pijamas no quarto, abraçado com os amigos ou com o sapo de pelúcia, não importa o cansaço que bate no final da semana (ou de cada dia dela), o que importa mesmo é que se você sabe que está no caminho certo, então você sabe que na segunda vai estar pronto pra outra. Com sono, mas vai.
Desocupado Pensante
sexta-feira, 2 de maio de 2014
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Vida de Universitário #2
(eu acho que vou ficar postando isso nas sextas porque sextas são legais)
Sabe quando você está no ensino médio e você pode ser um jovem prodígio, turma do fundão ou aquele que fica entre esses dois? Pois sim. Se você é um dos jovens prodígios, um dos nerds, todos te amam, a sua família investe em você, os amigos (os seus e os da família) te elogiam e os outros alunos querem fazer trabalhos com você. Então, todo mundo te ama, exceto quando eles te odeiam (o que é normal).
Quando você faz parte da turmado fundão,quase todo mundo te ama, claro que os nerds vão te odiar de vez em quando poque você faz barulho pra caramba quando eles estão prestando atenção naquela aula em que o professor está contando uma história sobre o décimo terceiro aniversário da tia-sobrinha da irmã da avó dele por parte de pai. Bem,voltando, você é legal, faz brincadeiras e imita os professores, você pode ser um chato de vez em quando, mas ninguém pode realmente te odiar por isso.
Se você não é nem um, nm o outro, fica nesse meio, é brincalhão, mas também tira notas boas (como eu era, eu acho), ninguém vai te idolatrar ou te adorar, mas ninguém vai te odiar também, algumas pessoas vão realmente gostar de você porque você se dá bem com todo mundo (o que é história pra outro post).
Não é que eu esteja tentando estereotipar, é só que é assim que as coisas são, talvez não estritamente, mas se você já passou pelo ensino médio, sabe como funciona, mesmo que na época você não se dê conta.
Tudo bem, mas o que isso tem a ver com a universidade? Ora, tudo! Sabe por quê? Porque independente do que você é no ensino médio, você está bem com isso pelo simples motivo de que ainda tem muito chão antes de ter que realmente se acertar na vida, tem a faculdade, tem mil experiência pra viver e, mesmo que você se sinta mal de vez em quando, você sabe que está fazendo a coisa certa se descobrindo e sendo qualquer coisa que você queira ser naquele momento. É isso que muda na faculdade. Existe uma pressão para descobrir quem você, o que você quer fazer, o que já está fazendo. É o tempo de querer fazer as coisas certas, aprender, erros são menos toleráveis, você se tolera menos. Existe uma confusão, momentos em que você se acha super inteligente, outros em que você pensa que não sabe nada e todos os outros são melhores que você (e agora isso importa), momentos em que você sente saudade da pessoa despreocupada que era no ensino médio, mesmo que não soubesse disso. Tudo isso tem uma ligação muito estreita com o fato de que a chamada vida real está insistentemente batendo na sua porta e vai chegar um momento que você vai ter que abrir. Na faculdade, não existem mais categorias em que você se encaixa, você pode ser uma coisa num dia e outra coisa em outro dia, você pode sair na rua pelado e no outro condenar isso. É tão importante estar moldando sua personalidade e seu pensamento que suas opiniões mudam, seus pontos de vista se alteram ao ponto de você se perguntar como um dia pode ter se achado maduro ou com uma opinião formada. Tem tudo a ver com a vida, ela se torna mais real a cada semestre e essa é sua única certeza, mas um fato sobre a faculdade: em algum momento dela, você vai se sentir um lixo. No entanto, acredite: isso não é necessariamente ruim. Também não é necessariamente uma visão pessimista, mas eu ainda estou decidindo.
Mags.
Sabe quando você está no ensino médio e você pode ser um jovem prodígio, turma do fundão ou aquele que fica entre esses dois? Pois sim. Se você é um dos jovens prodígios, um dos nerds, todos te amam, a sua família investe em você, os amigos (os seus e os da família) te elogiam e os outros alunos querem fazer trabalhos com você. Então, todo mundo te ama, exceto quando eles te odeiam (o que é normal).
Quando você faz parte da turmado fundão,quase todo mundo te ama, claro que os nerds vão te odiar de vez em quando poque você faz barulho pra caramba quando eles estão prestando atenção naquela aula em que o professor está contando uma história sobre o décimo terceiro aniversário da tia-sobrinha da irmã da avó dele por parte de pai. Bem,voltando, você é legal, faz brincadeiras e imita os professores, você pode ser um chato de vez em quando, mas ninguém pode realmente te odiar por isso.
Se você não é nem um, nm o outro, fica nesse meio, é brincalhão, mas também tira notas boas (como eu era, eu acho), ninguém vai te idolatrar ou te adorar, mas ninguém vai te odiar também, algumas pessoas vão realmente gostar de você porque você se dá bem com todo mundo (o que é história pra outro post).
Não é que eu esteja tentando estereotipar, é só que é assim que as coisas são, talvez não estritamente, mas se você já passou pelo ensino médio, sabe como funciona, mesmo que na época você não se dê conta.
Tudo bem, mas o que isso tem a ver com a universidade? Ora, tudo! Sabe por quê? Porque independente do que você é no ensino médio, você está bem com isso pelo simples motivo de que ainda tem muito chão antes de ter que realmente se acertar na vida, tem a faculdade, tem mil experiência pra viver e, mesmo que você se sinta mal de vez em quando, você sabe que está fazendo a coisa certa se descobrindo e sendo qualquer coisa que você queira ser naquele momento. É isso que muda na faculdade. Existe uma pressão para descobrir quem você, o que você quer fazer, o que já está fazendo. É o tempo de querer fazer as coisas certas, aprender, erros são menos toleráveis, você se tolera menos. Existe uma confusão, momentos em que você se acha super inteligente, outros em que você pensa que não sabe nada e todos os outros são melhores que você (e agora isso importa), momentos em que você sente saudade da pessoa despreocupada que era no ensino médio, mesmo que não soubesse disso. Tudo isso tem uma ligação muito estreita com o fato de que a chamada vida real está insistentemente batendo na sua porta e vai chegar um momento que você vai ter que abrir. Na faculdade, não existem mais categorias em que você se encaixa, você pode ser uma coisa num dia e outra coisa em outro dia, você pode sair na rua pelado e no outro condenar isso. É tão importante estar moldando sua personalidade e seu pensamento que suas opiniões mudam, seus pontos de vista se alteram ao ponto de você se perguntar como um dia pode ter se achado maduro ou com uma opinião formada. Tem tudo a ver com a vida, ela se torna mais real a cada semestre e essa é sua única certeza, mas um fato sobre a faculdade: em algum momento dela, você vai se sentir um lixo. No entanto, acredite: isso não é necessariamente ruim. Também não é necessariamente uma visão pessimista, mas eu ainda estou decidindo.
Mags.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Vida de Universitário #1
Quando eu tinhas uns 18 anos, tinha acabado de sair do ensino médio e estava trabalhando, a coisa que eu mais queria era que chegasse o dia do ENEM, eu fizesse, eu passasse e eu fosse logo para a universidade. Enfim, com todos os "sse" a que eu tenha direito, eu queria começar o meu tão sonhado curso de jornalismo, sentir que eu estava crescendo e essas coisas que você quer quando tem 18 anos.
Agora, eu estou no terceiro semestre de Jornalismo na UFC, a verdade é que eu me divido entre momentos que amo a faculdade e momentos que eu me pergunto o que realmente estou fazendo. Verdade seja dita, a escola fala muita coisa sobre a faculdade, você pode conversar com alunos mais velhos, pesquisar em portais, blogs, twitters oficiais e o que mais quiser pra saber um pouco mais sobre um futuro como universitário, mas não importa a quanta informação você tenha acesso, existem coisas que você só descobre quando é de fato um aluno de universidade.
Acho que todo mundo escuta falar do quanto a gente gasta em xérox, do tipo de pessoas que a gente encontra, das aulas, de como é puxado, um pouco de tudo... mas por que não falar de muito de tudo?
Bem, eu não sou nenhuma escritora, mas venho dormindo com essa ideia há algum tempo. Existem várias coisas que eu descobri do ano passado pra cá que eu gostaria que alguém tivesse me contado, não que fosse me fazer desistir (de maneira alguma), mas seria legal ter conversado a respeito (mesmo de coisas que eu já sabia) e ter a exata noção de no que eu estava me metendo. Então, esse é o meu desafio, eu nem sei se alguém vai ler, mas quem disse que simplesmente falar sobre isso não vai ser bom pra mim também?
Enfim, sem mais papo, acho que é bem isso. Se ser vir pra ajudar alguém, eu vou ficar feliz, se não servir, eu vou ter feito algo que eu acho justo, muito justo. Melhor que assistir aula. Ou não.
:)
Agora, eu estou no terceiro semestre de Jornalismo na UFC, a verdade é que eu me divido entre momentos que amo a faculdade e momentos que eu me pergunto o que realmente estou fazendo. Verdade seja dita, a escola fala muita coisa sobre a faculdade, você pode conversar com alunos mais velhos, pesquisar em portais, blogs, twitters oficiais e o que mais quiser pra saber um pouco mais sobre um futuro como universitário, mas não importa a quanta informação você tenha acesso, existem coisas que você só descobre quando é de fato um aluno de universidade.
Acho que todo mundo escuta falar do quanto a gente gasta em xérox, do tipo de pessoas que a gente encontra, das aulas, de como é puxado, um pouco de tudo... mas por que não falar de muito de tudo?
Bem, eu não sou nenhuma escritora, mas venho dormindo com essa ideia há algum tempo. Existem várias coisas que eu descobri do ano passado pra cá que eu gostaria que alguém tivesse me contado, não que fosse me fazer desistir (de maneira alguma), mas seria legal ter conversado a respeito (mesmo de coisas que eu já sabia) e ter a exata noção de no que eu estava me metendo. Então, esse é o meu desafio, eu nem sei se alguém vai ler, mas quem disse que simplesmente falar sobre isso não vai ser bom pra mim também?
Enfim, sem mais papo, acho que é bem isso. Se ser vir pra ajudar alguém, eu vou ficar feliz, se não servir, eu vou ter feito algo que eu acho justo, muito justo. Melhor que assistir aula. Ou não.
:)
sábado, 21 de dezembro de 2013
Damn thing
give me a thousand reasons to cry
and I'll cry as much as cry for one
give me just one reason to lie
and I'll lie as much as I have a thousand
what will I lie about?
what will I cry about?
it's the same thing, it's the same thing
I'll cry cause I don't wanna lie
I'll lie to pretend I don't cry
it's the same thing, it's the same thing
it's me crying and trying to smile
it's me lying about the reasons I can't
it's me living in the fight of feelings
I can't tell anyone, I can't even forget
it's the same thing, it's the same damn thing
and I'll cry as much as cry for one
give me just one reason to lie
and I'll lie as much as I have a thousand
what will I lie about?
what will I cry about?
it's the same thing, it's the same thing
I'll cry cause I don't wanna lie
I'll lie to pretend I don't cry
it's the same thing, it's the same thing
it's me crying and trying to smile
it's me lying about the reasons I can't
it's me living in the fight of feelings
I can't tell anyone, I can't even forget
it's the same thing, it's the same damn thing
terça-feira, 22 de outubro de 2013
O garoto
Ninguém sabia o que se passava pela cabeça dele, nem a mãe que fazia o seu leite todas as noites antes de dormir, nem o pai que abraçava todo final de tarde depois do trabalho. E enquanto o pai saía para trabalhar e a mãe se ocupava na cozinha, o garotinho corria pela casa em busca de uma nova aventura e ninguém imaginava o que se passava em sua mente, sem saber que enquanto ele corria, estava livre em seu próprio mundo, cercado pela magia de seus seis anos de idade.
No domingo, a rotina muda, o domingo é o dia preferido do menino, a mãe faz o almoço mais gostoso, o pai lê jornal sentado na cadeira da sala, as tias vem visitar com doces e beijos estalados, e no meio de toda aquela doce rotina de um domingo em família, cada um deles dispensa um pouco de carinho ao garoto, seja afagando seus cabelos negros, seja com beijinhos na testa.
O coro de "como ele cresceu" é um sinal, o pai levanta o jornal para que fique como uma barreira entre ele e o que as mulheres vão conversar a partir daquele momento, a mãe sorri se aproximando das irmãs e cunhadas, enquanto o garoto sai despercebido sabendo que a partir daquele momento, ele vai ser o tema discutido. Como ele é distraído, como ele está sempre inquieto, como ele parece sempre perdido no meio da lua, como seus olhos estão sempre olhando para lugar nenhum, é o que falam quase sempre enquanto o garoto foge dali sorrindo, apenas o pai nota sua ausência e dá um rápido sorriso já sabendo para onde o filho vai.
Na sala, a família volta a conversar sobre o que se passa na cabeça do garotinho, enquanto não muito longe dali, ele pega uma velha toalha e amarra no pescoço, seus olhos distraídos focalizam o horizonte cheio de surpresas que o aguardam e o menino voa em direção ao sol poente. Não há paredes, não há limites, apenas um super heróis e sua capa.
No domingo, a rotina muda, o domingo é o dia preferido do menino, a mãe faz o almoço mais gostoso, o pai lê jornal sentado na cadeira da sala, as tias vem visitar com doces e beijos estalados, e no meio de toda aquela doce rotina de um domingo em família, cada um deles dispensa um pouco de carinho ao garoto, seja afagando seus cabelos negros, seja com beijinhos na testa.
O coro de "como ele cresceu" é um sinal, o pai levanta o jornal para que fique como uma barreira entre ele e o que as mulheres vão conversar a partir daquele momento, a mãe sorri se aproximando das irmãs e cunhadas, enquanto o garoto sai despercebido sabendo que a partir daquele momento, ele vai ser o tema discutido. Como ele é distraído, como ele está sempre inquieto, como ele parece sempre perdido no meio da lua, como seus olhos estão sempre olhando para lugar nenhum, é o que falam quase sempre enquanto o garoto foge dali sorrindo, apenas o pai nota sua ausência e dá um rápido sorriso já sabendo para onde o filho vai.
Na sala, a família volta a conversar sobre o que se passa na cabeça do garotinho, enquanto não muito longe dali, ele pega uma velha toalha e amarra no pescoço, seus olhos distraídos focalizam o horizonte cheio de surpresas que o aguardam e o menino voa em direção ao sol poente. Não há paredes, não há limites, apenas um super heróis e sua capa.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Menina no espelho
Mentiras, verdades, lembranças que vejo
memórias e lágrimas que se cruzam enfim
dúvidas incertas da menina no espelho
medos que me fecham em mim
e eu lembro de momentos em que fui mais feliz
ou talvez não tenha sido mesmo assim
pra onde olho, o que faço, o que o coração diz
que eu estava sonhando e o sonho chegou ao fim
eu te assisto chorar se encolhendo de medo
do que a vida reserva e do futuro em segredo
eu não consigo olhar para teus olhos vermelhos
porque a criança assustada é meu reflexo no espelho
não chora menina que o dia já vai amanhecer
o sol vai secar as lágrimas que insistem em descer
deixa os demônios fugirem madrugada adentro
você vai ficar melhor, eu prometo
teu sofrimento é nosso e eu levo comigo
teu coração perturbado é meu melhor amigo
acalmo a tempestade e te faço dormir
guardo a criança que fui dentro de mim
te olhar nos olhos me dá forças pra seguir
seguir em frente e nos proteger
te orgulhar de mim, esquecer o que restou
nós somos o mesmo, eu te tenho, eu te sou
teus olhos ingênuos me encaram, vermelhos
a criança que eu era me assiste do espelho
mas deixo os demônios fugirem madrugada adentro
eu vou ficar melhor, eu prometo
memórias e lágrimas que se cruzam enfim
dúvidas incertas da menina no espelho
medos que me fecham em mim
e eu lembro de momentos em que fui mais feliz
ou talvez não tenha sido mesmo assim
pra onde olho, o que faço, o que o coração diz
que eu estava sonhando e o sonho chegou ao fim
eu te assisto chorar se encolhendo de medo
do que a vida reserva e do futuro em segredo
eu não consigo olhar para teus olhos vermelhos
porque a criança assustada é meu reflexo no espelho
não chora menina que o dia já vai amanhecer
o sol vai secar as lágrimas que insistem em descer
deixa os demônios fugirem madrugada adentro
você vai ficar melhor, eu prometo
teu sofrimento é nosso e eu levo comigo
teu coração perturbado é meu melhor amigo
acalmo a tempestade e te faço dormir
guardo a criança que fui dentro de mim
te olhar nos olhos me dá forças pra seguir
seguir em frente e nos proteger
te orgulhar de mim, esquecer o que restou
nós somos o mesmo, eu te tenho, eu te sou
teus olhos ingênuos me encaram, vermelhos
a criança que eu era me assiste do espelho
mas deixo os demônios fugirem madrugada adentro
eu vou ficar melhor, eu prometo
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Eu guardei aquele filme
Eu vi uma luz pela janela
Era o dia que nascia
Mais uma semana sem você
Um mês a mais, só outro dia
E o sol batendo no meu rosto
Lembrou-me o que você fazia
Os óculos escuros que usava
E sua mão segurando a minha
Foi muito ou pouco, só eu imaginei?
O que teria sido se eu tivesse sido mais forte
E até hoje não sei se foi certo
Que eu tenha ido embora sem olhar pra trás
Jogando fora promessas bobas
feitas com palavras que me marcaram demais
Jogando fora promessas bobas
feitas com palavras que me marcaram demais
E eu guardei aquele filme
Que saiu do cinema há mais de um mês
Todos me contaram o final
Mas eu só queria assistir com você
E olhando para as estrelas
Talvez eu sinta um pouco de saudade
Das nossas conversas no telefone
De todas as declarações até tarde
De sentir o que eu sentia
Mesmo que fosse algo só meu
Porque agora estou vazia
Mais ainda dói como doía
Então você volta de repente
E eu sinto que ainda estou sonhando
Mas eu jurava que tinha te esquecido
Então talvez seja um pesadelo
E você diz que é minha culpa
Mas jura que não está com raiva
E me pergunta o que tenho feito
E me pergunta onde eu estava
Nunca mais a gente conversou
Eu nunca mais te ouvi falar
Então revivo cada conversa
Tentando ver o que eu deixei passar
Eu pensava que estava acabado
E que era página virada
Eu não planejei te tratar mal
Acho que nenhum de nós planejava
Você pergunta o que aconteceu
E eu não quero perguntas difíceis
Eu quero respostas que eu não tenho
Eu quero o antidoto para os dias tristes
Você pergunta os meus motivos
E eu digo “seja criativo”
Você puxa uma conversa
E eu pergunto o que quer comigo
Você diz que eu que fui embora
E que os motivos não bastavam
Que eu saí daquela forma
Sem nem mesmo um abraço
Voltando ao começo
nada nunca foi prometido
E se foi, eu já nem lembro
E se eu lembro, então eu minto
Eu lembro disso todo dia
A cada sol que vejo nascer
Eu acho que a gente devia conversar
Ou eu devia conversar com você
Você jura que não está com raiva
Está tranquilo, eu sei
Eu não estou com raiva, só estou triste
Você ficaria se eu pedisse?
Porque eu guardei aquele filme
Que saiu do cinema há mais de um mês
Todos me contaram o final
Mas eu só quero assistir com você
E olhando para as estrelas
Talvez eu sinta um pouco de saudade
Das nossas conversas no telefone
De todas as declarações até tarde
De sentir o que eu sentia
Mesmo que fosse algo só meu
Porque agora estou vazia
Mais ainda dói como doía
Talvez eu não sinta mais nada
E eu tento não olhar pra trás
Porque agora já é tarde
E antes era cedo demais
(isso eu escrevi pra ser a letra de uma música que talvez eu nunca ajeite de verdade, mas tem refrão e tudo no meu original ^^)
Assinar:
Postagens (Atom)